segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O PODER DO AGORA



“Esteja onde você está. Olhe em volta. Apenas olhe, não interprete. Veja as luzes, as formas, as cores, as texturas. Esteja consciente da presença silenciosa de cada objeto. Esteja consciente do espaço que permite cada coisa existir. Ouça os sons, não os julgue. Ouça o silêncio por trás dos sons. Toque alguma coisa, qualquer coisa. Sinta e reconheça o Ser dentro dela. 

Observe o ritmo da sua respiração. Sinta a energia vital dentro do seu corpo. Permita que as coisas aconteçam, no interior e no exterior. Deixe que todas as coisas “sejam”. Mova-se profundamente para dentro do Agora. Você está deixando para trás o agonizante mundo da abstração mental e do tempo. Está se libertando da mente doentia que suga sua energia vital, do mesmo modo que, lentamente, ela está envenenando a Terra.


Você está acordando do sonho do tempo e entrando no presente. O futuro é um Agora imaginado, uma projeção da mente. Obviamente, o passado e o futuro não têm realidade própria. A realidade deles é emprestada do Agora.

No momento em que captamos a essência, ocorre uma mudança na consciência, que passa a desviar o foco da mente para o Ser, do tempo para a presença. De repente, tudo parece vivo, irradia energia, emana do Ser.”

Eckhart Tolle

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

ANJALI MUDRA


A palavra Mudrá nos é apresentada com vários significados, porém, o mais conhecido é gesto. São gesticulações realizadas com as mãos, pés, língua, olhos e com todo o corpo. São também apresentados como selos ou símbolos.
As posturas simbólicas das mãos e do corpo nos auxiliam em nossos processos de ampliação da consciência. Para a filosofia indiana, os mudrás são uma dádiva de Brahman (Deus), e para os hindus, uma forma de canto com o corpo. O corpo se expressa através dos gestos e emoções psíquicas como: alegria, tristeza, ansiedade, medo, etc. A finalidade dos mudrás é controlar o processo energético do corpo e as funções do sistema nervoso através das terminações nervosas do sistema simpático.

Com a prática, a percepção volta-se para as mensagens do corpo, beneficiando o praticante em seu processo de auto-conhecimento, o ideal é que durante sua execução, o praticante concentre-se nos chackras.
Os Mudrás são considerados tão poderosos, que podem trabalhar para a transformação da vida de uma pessoa. Eles liberam a energia presa no corpo e ajudam a regularizar os cinco elementos do corpo humano, terra, água, fogo, ar e éter.

Um dos Mudrás mais utilizados na prática do yoga, é de simples execução, porém, possui um profundo efeito no corpo psíquico, é o Anjali Mudra (também conhecido como Namaskar ou Pronam Mudrá). Anjali significa “oferecer”. Esse gesto é feito colocando as mãos unidas na altura do coração. É também utilizado em alguns ásanas (posturas), como o Tadasana, a postura da montanha, antes de iniciar a Saudação ao Sol ou em posturas de equilíbrio. Também utilizado para fazermos o gesto Namastê (“A Luz Divina que há em mim saúda a Luz Divina que há em você”) fechando os olhos e inclinando a cabeça à frente. Essa saudação está na essência da prática yóguica de ver o Divino em toda a criação. Dessa forma esse gesto é oferecido igualmente para as divinidades, no templo, para professores, família, amigos, “desconhecidos” e na reverência a natureza.

Quando você une as mãos em frente ao peito está literalmente conectando os hesmiférios direito e esquerdo de seu cérebro. Esse é o processo yóguico da unificação, a junção de nossas naturezas ativa e receptiva. Na visão yóguica do corpo, o coração energético ou espiritual é visualizado como uma flor de lótus no centro do peito. O Anjali Mudra alimenta esse coração de lótus com sabedoria, suavemente estimulando-o a se abrir, do mesmo jeito como a água e a luz fazem com uma flor.

Inicie o Mudrá sentando-se em uma posição confortável. Alongue a coluna, una as palmas das mãos abertas em frente ao peito vagarosamente, como se estivesse recolhendo todas as bênçãos para dentro de seu coração , contemplando sua própria metáfora unindo-se ao Todo, o seu lado direito e o esquerdo, o masculino e  o feminino, a lógica e a intuição, a força e a suavidade. É muito importante que o Mudrá ou a Oferenda seja verdadeiro, que venha de seu mais profundo EU para que possa ser eficaz e capaz de elevá-lo. Alinhe sua mente (Consciência), seu sentimento (Coração) e suas ações (Corpo) nesse gesto, assim você estará conectado e presente, sentirá que o momento está pleno de paz e significado.
 

O Anjali Mudra pode ser executado a qualquer momento, no início e no término de qualquer coisa importante que você tenha de fazer.
No dia a dia esse gesto pode ser usado como uma ponte do EU interior com as experiências externas, quando agradecemos a refeição, quando comunicamos nossa verdade em um relacionamento ou como forma de acalmar os ânimos quando nos sentimos agitados ou presos. É uma forma antiga de ajudar os Seres humanos a se lembrarem do dom da vida e usá-lo sabiamente, ele é tão antigo quanto o início dos tempos. É rico em qualidade, significado e substância. Em um momento de singela simplicidade somos transportados para a eternidade por meio do Anjali Mudrá.


Fontes: Ramm-Bonwitt, Ingrid, Mudrás – As mãos como símbolo do Cosmos

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

MEDITAÇÃO


Aprenda a ser bastante ativo neste mundo e execute um trabalho construtivo. Mas quando tiver acabado de cumprir seus deveres, desligue seu motor nervoso.
Afirme mentalmente para si mesmo:

"EU ESTOU TRANQUILO. NÃO SOU UM SIMPLES MECANISMO NERVOSO.
SOU O ESPÍRITO.
EMBORA MORE NESTE CORPO, NÃO SOU AFETADO POR ELE."

Se você tiver um sistema nervoso tranquilo, terá êxito em tudo o que empreender e, acima de tudo, terá êxito com Deus.

Paramahansa Yogananda