Biopsicologia

O QUE É BIOPSICOLOGIA?


Biopsicologia é uma metodologia que propõe o autocontrole das emoções negativas e seus reflexos na saúde e na vida. Reúne um conjunto de técnicas que visa a harmonização psíquica, física e energética, gerando saúde integral.

 
Nosso estado mental está intimamente relacionado com os hormônios produzidos pelas glândulas endócrinas, que são os correspondentes físicos dos chakras ou plexos de energia. A Biopsicologia é baseada na ciência antiga.  Os subcentros geram vórtices de energia psíquica, cada um deles correspondendo a um estado emocional particular: raiva, depressão, esperança, falta de auto-confiança, amor, etc.

As práticas de Biopsicologia foram criadas para nos ajudar a diminuir as atitudes negativas que perturbam nosso equilíbrio – medo, irritabilidade, ansiedade, letargia, etc. – e acentuar aquelas que são positivas – dinamismo, coragem, concentração, tenacidade, intuição, paz. Assim temos a disposição uma poderosa ferramenta de auto-diagnóstico, e podemos iniciar o processo de cura de inúmeros problemas físicos, que são somatizações das emoções negativas crônicas.


Utiliza exercícios da Yogaterapia, por meio da regular repetição das posturas com o controle da respiração que as acompanha, as glândulas são tonificadas e suas secreções hormonais equilibradas, levando o praticante à paz e à saúde física.


Alguns objetivos da Biopsicologia: ensinar técnicas físico-mentais para corrigir desequilíbrios no corpo energético e glândulas endócrinas, harmonizando a mente e facilitando o processo de auto-realização; diagnosticar problemas psicológicos através da análise do desequilíbrio dos sub-centros de energia – chakras.



SEGREDOS DOS CHAKRAS


Por: Dra. Susan Andrews 

Ilustrações: Pat Lobo 





Há  um crescente interesse entre os praticantes de Yoga ocidentais na antiga ciência espiritual do Tantra, com frequência envolta em mistério porque sempre foi passada oralmente de mestre a discípulo. Os textos tântricos que existem foram geralmente escritos em sandhya bhása, ou “linguagem crepuscular” – instruções ocultas e metafóricas, para que não fossem mal utilizadas por praticantes indevidos. Todavia, nos últimos anos, mais e mais estudantes de Yoga estão começando a se dar conta de que Tantra não é o “Yoga do sexo”, e sim , como seu nome em sânscrito indica, “aquilo que libera pela expansão”. Essa ciência da elevação da kundalini, a energia cósmica situada na base da coluna, tem como meta um estado de inexpressível êxtase e unidade. Isso pode ser alcançado abrindo os sete centros de energia psíquica ao longo da coluna, e liberando a energia divina que está latente dentro de nós.     


Muitas outras tradições ocultas têm descrito estes centros de energia sutil : os taoístas chineses, os alquimistas, e os místicos hebreus da Cabala. Mas foram os tântricos da Índia que desenvolveram a mais sofisticada ciência de purificação e controle desses centros, e de elevação da kundalini. E, como o artigo assinalou, cada vez mais ocidentais estão abraçando essa antiga ciência para transformar seu cotidiano numa bem-aventurada celebração. Contudo, ainda há muito mistério para ser desvelado em relação aos chakras. O que se ensina normalmente é que eles estão relacionados às glândulas endócrinas, nas suas respectivas regiões do corpo. Mas o que não é freqüentemente discutido são as tão chamadas “pétalas” dos chakras.




O QUE SÃO AS “PÉTALAS”? 


Você já se perguntou, ao observar as ilustrações das flores de lótus dos chakras com suas várias pétalas, o que essas pétalas representam? Por que será que no primeiro chakra na base da coluna a flor tem quatro pétalas, no segundo, seis, no terceiro, dez, e depois, doze, dezesseis, duas, e mil pétalas nos quatro chakras superiores?

O que aqueles antigos yogis tântricos descobriram, a partir de longas e concentradas introspecções em seus corpos energéticos, foi que cada uma dessas 50 “pétalas” (4 + 6 + 10 + 12 + 16 + 2 = 50) é um vórtice de energia psíquica, com sua cor e vibração sonora característica. Os yogis denominaram esses vibrantes sub-centros de vrttis, que literalmente significa “aquilo que gira”. Os insights desses yogis foram então codificados e sistematizados séculos antes de Cristo, na Índia, por um mestre realizado chamado Astavakra, que nasceu deformado – daí seu nome Asta + vakra ou “oito dobras”.
 

MISTÉRIOS DA MEDICINA CORPO-MENTE
 
Porém, a mais fascinante descoberta desses antigos sábios – e a mais importante para as nossas vidas práticas – foi que cada um desses 50 sub-centros dos chakras vibra em um certo padrão de freqüência mental. Todas as nossas emoções – esperança e medo, raiva e ódio, amor e orgulho – são geradas por emanações vibracionais desses vrttis. Os psicólogos atualmente debatem se temos quatro, sete, onze ou mais emoções básicas. Mas os tântricos, há milhares de anos, descobriram que temos cinqüenta meios de expressão mental, que vibram a partir dos sub-centros dos chakras.  


Quando um vrtti é ativado, como uma mola solta fora do lugar, o chakra se torna desequilibrado, desfigurado. Esse padrão vibracional flui então através das dezenas de milhares de correntes de nervos sutis, ou nadis, em todo o corpo, perturbando o campo mental. A ativação desse vrtti também estimula ou inibe a secreção da glândula endócrina associada àquele chakra, causando uma super ou uma sub-secreção de hormônios. Isso então ativa uma determinada resposta emocional e física.


Essa descoberta dos mestres guarda a chave de muitos mistérios sobre a ligação entre psique e soma. Na literatura da “medicina corpo-mente” sempre se encontra perguntas do tipo: “Porque o amor e a esperança estimulam o sistema imunológico? Qual é o misterioso “mecanismo” pelo qual a fé cura, e o ódio adoece”? Talvez as tradições espirituais do Oriente ajudem a ciência ocidental a emergir de seu paradigma mecanicista. Como diz o psicólogo transpessoal Stanislav Grof, “A riqueza do profundo conhecimento sobre a consciência humana, acumulada nesses sistemas orientais através de milênios, não foi ainda adequadamente explorada, compreendida e integrada pela ciência ocidental”.


Qual é o misterioso “mecanismo” pelo qual a fé cura, e o ódio adoece”? Talvez as tradições espirituais do Oriente ajudem a ciência ocidental a emergir de seu paradigma mecanicista.   


Esses vrttis são lentes por meio das quais percebemos e vivenciamos o mundo – como amável ou irritadiço, inspirador ou amedrontador. Algumas vezes são paixões tão veementes que ameaçam nos esmagar; outras vezes são sentimentos ocultos tão sutis que raramente os notamos. Por exemplo, se o vrtti da “falta de autoconfiança”  (avishvasa em sânscrito) no segundo chakra for habitualmente super-estimulado, a pessoa desenvolverá complexo de inferioridade; se o vrtti de “ódio” (ghrnaa vrtti), no terceiro chakra, for super estimulado, a pessoa se sentirá cheia de hostilidade; e se o vrtti de “afeição” (mamata), no quarto chakra for super-estimulado, ela sentirá um cálido sentimento de compaixão.

O psicólogo Aaron Beck da Universidade da Pensilvânia chama essa sutil expressão dos vrttis de “pensamentos automáticos” – suposições fugazes de pano de fundo, que refletem nossas atitudes mais profundas e determinam todo o nosso comportamento. Ficamos incomodados com algo de manhã, e então permanecemos irritados por todo o dia, agindo asperamente sem razão para com as pessoas; mas, muitas vezes, completamente desatentos à nossa própria irritabilidade. Um indivíduo pode manifestar, excessivamente, uma certa combinação desses vrttis – por exemplo, medo (no terceiro chakra) e complexo de inferioridade (no segundo chakra). Outra pessoa pode ter outros vrttis superativos – por exemplo, otimismo (no quarto chakra) e altruísmo (no quinto chakra). Nossa personalidade é o somatório desses fluxos mentais que são expressos habitualmente. São as cinquenta “cores” emocionais na aquarela da nossa mente, a partir das quais selecionamos as tonalidades para pintar a tela da nossa personalidade. São as várias “notas” que emanamos para orquestrar a melodia das nossas vidas.
 

RAIVA MATA
 
Será que você conhece alguém da chamada “Personalidade do Tipo A”? Que fica facilmente com raiva mesmo diante de acontecimentos triviais – um carro lento à sua frente, um elevador demorado, crianças bagunceiras? Por anos os cardiologistas têm alertado que pessoas do Tipo A, com um “tipo permanente de raiva, hostilidade ou inveja”, têm um risco mais alto de morte prematura. Por quê? Uma das razões é que suas glândulas supra-renais secretam excessivas doses do hormônio do estresse, cortisol. Em experimentos conduzidos pelo Dr. Edward Suarez, da Universidade de Duke, nos EUA, as pessoas com alta pontuação de hostilidade produziram quarenta vezes mais cortisol do que aquelas mais tranqüilas quando sujeitas às mesmas provocações. Esse aumento hormonal pode resultar em doença e morte. Com cada alarme supra-renal, a pressão sangüínea se eleva, o batimento cardíaco é perturbado, e o sistema imunológico suprimido. Pessoas hostis do Tipo A, de acordo com essas pesquisas, têm sete vezes mais chances de morrer antes dos cinqüenta anos do que as pessoas do Tipo B, aquelas mais “cabeça fria”, as do Tipo B. 


Mas a razão pelo qual uma excessiva estimulação dos hormônios das supra-renais liga-se diretamente à hostilidade e à inveja ainda permanece um enigma para os pesquisadores. Talvez a antiga ciência de Tantra possa nos prover com algumas dicas. Quando os vrttis do terceiro chakra da hostilidade (ghrna), irritabilidade ou raiva (kasaya), e inveja (irsya) das pessoas do Tipo A são cronicamente super-estimulados, as glândulas supra-renais são ativadas para secretar desenfreadamente doses excessivas de cortisol. Essas pessoas se tornam então ainda mais reativas aos estímulos externos: qualquer coisa pode parecer uma ameaça e causar uma raivosa erupção. Para os Tipos A com os vrttis do terceiro chakra constantemente desequilibrados, a raiva mata.  
 

O QUARTO CHAKRA – A CURA PELA ESPERANÇA 
 
De todos os medicamentos, a esperança é de fato um dos mais poderosos. Em uma pesquisa da nova ciência de psico-neuro-imunologia, com 649 especialistas em câncer nos EUA, 90% concordaram que o fator mais significativo na cura de seus pacientes é a atitude de esperança e otimismo. Em mais de 400 curas espontâneas de câncer, envolvendo toda sorte de tratamentos - de jejum com suco de uvas à visitas ao santuário sagrado de Lourdes, na França – todas tinham somente um elemento em comum: a mudança para uma atitude mais esperançosa antes da remissão do tumor. Mas como funciona essa “fisiologia da esperança” ainda é mistério para o meio médico.
   
Podemos compreender este fenômeno lembrando que um dos sub-vórtices psíquicos, localizado no Anahata chakra, é chamado asha ou esperança. Quando esse vrtti é mobilizado, ele estimula a glândula timo associada ao quarto chakra, o “regente da orquestra imunológica”. Alguns psicólogos já criaram uma ‘escala-E’ – ‘escala da Esperança’ – para testar o nível de otimismo nos pacientes. Verificaram que alqueles com maiores “notas” em otimismo tinham sistemas imunológicos mais fortes, e foram menos propensos a desenvolver câncer.


“A Força que guia as estrelas está me guiando também.”

 
Portanto, precisamos a todo custo, asseveram os yogis, cuidar para manter nosso asha vrtti, nosso otimismo, sempre vibrando no fundo do coração sutil. Disse Einstein que a pergunta mais importante que um ser humano pode fazer é, “Será o universo amigável?” Sentir que existe sempre uma Força benevolente no universo, guiando a minha vida a cada momento, mobiliza não somente coragem e tranqüilidade, mas também saúde em todo meu ser. Um dos tesouros mais preciosos da vida é a convição de que, em qualquer circunstância, por mais árdua que seja, eu nunca estou só ou desamparado. A Força que guia as estrelas está me guiando também.
 



PURIFICAÇÃO E CONTROLE DOS CHAKRAS

 
Há cerca de sete mil anos, mestres realizados – “exploradores intrépidos do interior”, como disse o visionário Willis Harman – têm formulado uma ciência sofisticada do corpo, mente e espírito. Eles desenvolveram não somente uma refinada compreensão da nossa anatomia sutil, mas também um vasto repertório de práticas para harmonizá-la. Nosso equilíbrio emocional depende não somente de uma regulada secreção das glândulas endócrinas, mas também da harmonia vibracional dos chakras, que são a fonte de todas as expressões psíquicas. Quando o fluxo vibratório dos sub-vórtices fica distorcido, ocorre desequilíbrio endócrino e distúrbio emocional. Quando as freqüências do chakra estiverem em equilíbrio, seu formato e sua cor são claros e vibrantes, e sua expressão acústica afinada. As práticas psico-espirituais de Tantra atuam no nível dimensional mais elevado e sutil do indivíduo, para modular a ressonância do chakra e dos seus sub-centros até seu estado ideal. Essas técnicas superpõem as corretas freqüências cromáticas e sônicas sobre as distorcidas vibrações dos chakras, equilibrando-as e, conseqüentemente, as glândulas endócrinas correspondentes. Desse modo, distúrbios mentais e complexos emocionais podem ser erradicados pela raíz, e permanentemente curados. E podemos atingir a meta última da busca espiritual: como o Patañjali disse, Yogaschitta vrtti nirodha - a cessação de todos os vrttis num estado de unidade absoluta.
   
Como Daniel Goleman, autor do best-seller Inteligência Emocional enfatisou, na sociedade atual nossas emoções têm fugido perigosamente do nosso controle. Neste momento crítico da história humana, com a turbulência da hostilidade e do medo se alastrando dentro e fora de nós, precisamos equilibrar os vrttis que estão impedindo a paz social, e elevar nossa energia às frequências mais elevadas dos chakras superiores. A solução está em nossas mãos. Ou, para ser mais exata, nos mais profundos recessos do nosso ser.


PRÁTICAS TÂNTRICAS PARA HARMONIZAR OS VRTTIS: CHAKRA SHODAN (purificação) e CHAKRA NIYANTRAN (controle)

·    ASANAS, envolvendo kumbhaka (retenção da respiração na postura); pressionando repetidamente um chakra em particular, seus sub-centros, e as glândulas endócrinas correspondentes.

·    MUDRAS: visualizações psíquicas envolvendo pra’naya’ma ou controle da respiração, e influxo de energia prânica nos diversos chakras.

·    TATTVA DHARANA: uma avançada prática tântrica de profunda concentração interior no núcleo do chakra, visualizando sua cor e seu formato corretos, e mentalmente entoando suas respectivas raízes acústicas, ou biija mantras.

·    DHYANA: A ativação dos chakras superiores através de meditações que mobilizam um espírito de entrega e devoção.


* Os desenhos desta reportagem são artísticos e NÃO ilustram as cores exatas e pétalas dos chakras segundo a ciência milenar de Tantra. As posições não são exatas. Muladhara está no cóccix, no final da coluna vertebral. Manipura está no umbigo, e svadhisthana está entre os dois. Anahata está no centro do peito e ajiná está entre as sobrancelhas.



*matéria publicada originalmente na YJ #11 







Certa vez ele foi convidado para uma conferência de eruditos na corte do grande filósofo-rei Janak. Quando entrou no palácio, todos os cortesãos riram ao ver seu corpo retorcido. Astavakra postou-se à frente do trono do rei e disse calmamente: “Vejo que cometi um erro. Pensei que estivesse entrando numa assembléia de eruditos, mas constato que é uma aglomeração de ignorantes. Eles riram vendo meu corpo – pensam eles que sou este corpo físico? Eles vêem apenas o corpo, e não a mente, ou a alma interior”. O rei Janak desceu do seu trono, curvando-se humildemente perante Astavakra. Desculpou-se pelo comportamento de todos, e pediu sua benção como seu mestre.
   

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